Cidades

Aguapés invadem o Lago Paranoá e preocupam moradores da região

postado em 03/02/2012 07:32
Usuários do Lago Paranoá e moradores da orla, principalmente do Lago Sul, observaram a volta dos aguapés nos últimos dias. Nos períodos chuvosos, essas plantas surgem e tomam conta dos espelhos d;água. A presença é mais notada no braço sul do reservatório, por ser uma região mais poluída. Com as precipitações, as enxurradas levam terra e outras substâncias para o lago. O vento também faz o seu papel e ajuda a desprender as plantas e arrastá-las para o meio. Em alguns locais, onde ocorre o fenômeno do assoreamento, a planta se aglomera e forma ilhas, quando as raízes se encontram com o fundo.

Em frente à casa do aposentado Antônio Carlos Scartezini, 67 anos, na QL 16 do Lago Sul, o canal de água está quase fechado pelas plantas. ;Domingo, estava tudo certo. Na segunda, acordamos com essa surpresa, que está aí desde então;, conta. No ano passado, ele acionou vários órgãos ligados ao meio ambiente, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Polícia Florestal, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) e a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), sem sucesso. ;Você nunca sabe com quem vai se entender. O descaso com o meio ambiente desses governos é absurdo. Prometeram uma máquina para retirar as plantas este ano. Cadê?;, questiona Antônio Carlos.

De acordo com o superintendente de Operação e Tratamento de Esgoto da Caesb, Carlos Eduardo Pereira, no fim deste mês o equipamento estará em funcionamento. A máquina é um barco que desenraíza e captura as plantas. O órgão comprou a embarcação nos Estados Unidos por US$ 1 milhão. Em dezembro de 2010, o Correio publicou reportagem na qual o superintendente definia junho do ano passado como prazo para o novo aparelho estar em atividade. ;A licitação começou no meio de 2010. Compramos o barco americano, que precisou ser construído sob medida para a Caesb, o que foi feito em quatro ou cinco meses. Ele veio de navio para cá, numa viagem de 45 dias. No momento, estamos em processo de desembaraço alfandegário;, explicou, mencionando a fase de liberação na alfândega brasileira. O barco tem capacidade para remover 100 toneladas de aguapés por dia.

Carlos Alberto diz que não é possível dizer que os aguapés estão em maior número no Lago Paranoá, mas isso seria uma fenômeno natural dos tempos de chuva. A planta nasce entre o Zoológico e a Vila Telebrasília. ;Eles são um excelente filtro de cargas urbanas, têm um papel ecológico muito grande, mas quando estão se multiplicando, causam um efeito visual muito ruim;, afirma.

A matéria completa você lê na edição impressa desta quinta-feira (2/2) do Correio Braziliense.

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