Cidades

Fábrica de crack em Ceilândia é fechada e proprietário é preso

O suspeito teria vendido, em janeiro, 24 quilos da substância, cada um deles a R$ 10 mil, para traficantes de cinco regiões do DF. Vizinhos de lote não desconfiavam do acusado

postado em 03/02/2012 06:05
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Nos cadernos de anotações encontrados com Gílson Faustino Ribeiro, chamam atenção movimentações que indicam dívidas nos valores de R$ 42 mil, R$ 47 mil e R$ 80 mil. Os rascunhos levaram a polícia a identificar o homem de 42 anos como um dos maiores produtores de crack do Distrito Federal. Ele teria preparado, apenas em janeiro, 24 quilos da droga, e comercializado cada um deles por R$ 10 mil. No momento da prisão, Goiano, como era conhecido, aprontava mais uma remessa.

;O lucro dele era de 400% por mês;, calculou o chefe da 15; Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), Celizio da Silva Espíndola. Apesar do dinheiro movimentado, o suspeito alugava uma casa simples, com quarto, sala e banheiro, no Conjunto H da QNM 10, no centro de Ceilândia. ;Eu disse que não alugava para pessoas com vício, porque não queria polícia batendo na minha porta;, lamentou a dona do imóvel, de 75 anos. Ela recebia R$ 300 de aluguel todos os meses, pontualmente.

Embora o homem não saísse de casa para trabalhar, a mulher não chegou a desconfiar de suas atitudes. ;Quando ele alugou, me disse que estava esperando uma vaga certa. Eu não poderia mandar embora, já que ele pagava sempre em dia;, afirmou. A residência alugada por Ribeiro dividia o lote com outras quatro famílias, que também não suspeitavam do homem. ;Ninguém desconfiava do Lucas, eu até lavava as roupas dele;, disse uma vizinha, citando o nome falso com o qual o suspeito se apresentava.

No local, Ribeiro vendia o entorpecente para traficantes de Ceilândia, do Guará, de Santa Maria, de Sobradinho e do Paranoá. A localização do laboratório surpreendeu o delegado responsável pelo caso. ;Os traficantes estão alugando pequenas quitinetes ou barracos em áreas residenciais, se misturando com pessoas de boa índole;, destacou Espíndola. Há três meses, agentes da 15; DP monitoram a área do centro de Ceilândia em busca de traficantes. A prisão de Gilson é o primeiro resultado desse trabalho.

A matéria completa você lê na edição impressa desta sexta-feira (03/02) do Correio Braziliense

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