Ana Maria Campos
postado em 07/02/2012 06:00
Continua forte a disputa pelo comando da Polícia Civil do Distrito Federal. Até a noite de ontem, os dois mais cotados para assumir o cargo eram os delegados Eric Seba e Cláudio Moura Magalhães, respectivamente, diretor do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC) e subsecretário do Sistema Penitenciário (Sesipe). O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, deve anunciar o escolhido nesta manhã. Ele se reuniu ontem com o governador Agnelo Queiroz, que dará a palavra final hoje sobre quem vai comandar a corporação.
Avelar defende que o diretor-geral seja um dos três delegados que integram a lista tríplice encaminhada pela Associação dos Delegados de Polícia (Adepol). Os três escolhidos pela classe têm também o endosso do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil (Sindepo). O secretário de Justiça e Cidadania, Alírio Neto (PPS), consultado por integrantes do governo, não colocou nenhuma objeção aos nomes preferidos pela categoria. Além de Seba e Magalhães, compõe a lista o delegado Jorge Luiz Xavier, da inteligência da Secretaria de Segurança Pública. Todos os cotados passaram pelo crivo também de integrantes da Polícia Federal (PF) ouvidos pelo governo.
O delegado Maurílio Lima, no entanto, ainda estava no páreo até a noite de ontem porque tem o apoio de um dos principais aliados de Agnelo, o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, além do aval do presidente da Câmara Legislativa, Patrício (PT). O delegado Raimundo Vanderly, titular da 17; Delegacia de Polícia, de Taguatinga, também conta com apoio de setores do governo. Desde a semana passada, Eric Seba é considerado um dos mais fortes, mas Cláudio Magalhães, pela proximidade com o secretário de Segurança, é um candidato em evidência. Ele foi nomeado para a Sesipe por Avelar. É considerado um bom nome porque já exerceu cargos de chefia. Seba é apontado como operacional e com trânsito em setores do PT.
Agnelo recebeu referências positivas dos dois delegados e espera alguns detalhes para tomar uma decisão. O governador e o secretário de Segurança não querem mudanças radicais que provoquem descontinuidade das investigações e dos trabalhos, aos moldes do que ocorreu quando o delegado Onofre de Moraes assumiu a direção-geral. Muitos titulares de delegacias e de departamentos devem ser mantidos. A direção deverá ser indicada numa composição com indicações dos mais diversos grupos da Polícia Civil do DF.
Leia a matéria completa na edição de hoje do Correio Braziliense