postado em 15/02/2012 06:41
Entregue às moscas, a única Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em funcionamento no Distrito Federal, em Samambaia, segue com a sala de espera e os consultórios vazios a partir da ;interdição ética; promovida pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). Desde a última segunda-feira, os médicos estão proibidos de atuar no local pela entidade porque a Secretaria de Saúde não tomou providências para melhorar as condições de trabalho. Ontem pela manhã, apenas um clínico-geral atendia os casos de urgência que chegavam ao espaço inaugurado há um ano. A intervenção deixou outros centros clínicos do DF ainda mais cheios.
Os impactos negativos nos usuários da rede pública fizeram com que a medida acabasse repudiada por outros colegiados. Os profissionais que desrespeitarem a resolução do CRM podem ter de responder a processo disciplinar no órgão. O Conselho de Saúde do DF, no entanto, se manifestou contrário à decisão por considerá-la equivocada. Para a instituição, o CRM ;extrapolou em suas funções; e não considerou ;um prazo minimamente razoável para as correções ou adaptações; dos problemas encontrados em inspeção feita na UPA.
Após a intervenção, a unidade de Samambaia caiu no abandono. A vendedora Nathália Cristina dos Santos, 24 anos, procurou ontem o centro para tratar de uma distensão no pescoço. Por conta da falta de médicos, foi orientada a procurar o hospital regional de Ceilândia ou de Taguatinga. ;Muitas vezes, demorava bastante, mas a gente conseguia ser atendido. Agora, nem isso. O descaso com a população só aumenta;, reclamou.
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