postado em 17/02/2012 10:29
Começou nesta sexta-feira (17/2), a nona audiência de instrução do caso Villela no Tribunal do Júri de Brasília. Os depoimentos começaram por volta de 9h, com a delegada Deborah Menezes. Ela disse que deu início às investigações a pedido do então diretor da Polícia Civil do DF, Pedro Cardoso.Depois de receber a orientação de cessar as investigações, a delegada Deborah Menezes afirmou que recebeu novas informações, mas não apurou. ;Informantes nos falaram que uma sacola com jóias estava circulando nas imediações da Feira dos Importados, mas eu não quis nem receber a denúncia;, garantiu. A delegada disse que pediu ao informante que procurasse a Corvida. Na época, a suspeita era de que aquelas jóias poderiam ter sido levadas do apartamento do casal Villela para serem vendidas na feira.
Ainda durante o depoimento de Deborah Menezes, o advogado da família de Francisca Nascimento da Silva perguntou à delegada se ela sabia o motivo da empregada também ter sido morta. Segundo a investigadora, o ex-porteiro Leonardo Campos Alves, réu no processo, disse em depoimento que foi queima de arquivo, que Francisca estava no lugar errado na hora errada.
Após Déborah Menezes ser liberada do depoimento, a defensoria de Leonardo Campos Alves pediu ao juiz uma acareação entre as três delegadas envolvidas nas investigações do triplo assassinato - Martha Vargas, à época lotada na 1; DP, Mabel de Farias, então chefe da Corvida, e de Déborah Menezes. Os defensores querem também a designação de uma data para ouvir o diretor-geral da Polícia Civil do DF na época, Pedro Cardoso.
Por volta das 10h45, o juiz começou a ouvir o depoimento do promotor Maurício Miranda.
O ex-porteiro Leonardo Campos Alves e o sobrinho dele, Paulo Cardoso Santana, também acusado do crime, estão presentes do tribunal, acompanhando os depoimentos.
Em agosto de 2009 foram mortos a facadas o ex-ministro José Guilherme Villela, a esposa Maria Carvalho Mendes Villela e a empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva.