postado em 19/02/2012 08:57
Se a situação na rede privada preocupa as autoridades do setor, na pública, o sinal de alerta está aceso há bastante tempo. A falta de servidores, a baixa remuneração e a estrutura precária ainda compõem um cenário comum nos hospitais do Distrito Federal. A última má notícia para os milhares de usuários do sistema foi a interdição ética da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia, por determinação do Conselho Regional de Medicina (CRM). A decisão atendeu a um pedido dos próprios médicos, que alegam falta de segurança e condições inadequadas de trabalho no local (leia Entenda o caso). Desde que os profissionais tomaram a atitude radical, apenas pacientes em estado grave são atendidos por apenas dois médicos plantonistas.Até a unidade que atende a maior população do DF, o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), corre o risco de ter as portas fechadas. Médicos denunciaram ao sindicato que representa a categoria a falta de roupa adequada para a realização de cirurgias. Há muito tempo, servidores e pacientes reclamam das péssimas condições do estabelecimento hospitalar. São problemas que vão desde equipamentos danificados até a manipulação das escalas de serviço.
Quem precisa ser atendido ali já não sabe mais a quem recorrer. Francisco Monteiro Faria, 60 anos, é jardineiro e está com problemas na perna. Há seis meses, ele sofreu um acidente de moto e rompeu vários ligamentos. Após passar cinco dias à espera de uma cirurgia no HRC, perdeu a paciência e foi para São Paulo, onde morou por mais de 20 anos. ;No mesmo dia, fui atendido e, no dia seguinte, estava sendo operado no Hospital das Clínicas. Mas, como era para ter sido feito no mesmo dia do acidente, fiquei com sequelas;, conta. Na quinta-feira, ele tentava ser examinado por um ortopedista no HRC. Após esperar quatro horas, praticamente toda a manhã, um funcionário anunciou que a especialidade só estaria disponível no período da tarde.
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