Cidades

Cenário é de abandono e destruição nas escolas da rede pública do Entorno

Renato Alves
postado em 22/02/2012 06:38
Prédios ameaçando cair. Salas, banheiros, escadas interditadas. Corredores inteiros sem uma lâmpada sequer. Pátios e quadras esportivas tomados pelo mato. Bandidos atuando na porta e até dentro dos edifícios. Superpopulações de pombos e gatos ameaçando a saúde de todos. Nesse cenário, crianças, adolescentes e adultos tentam aprender algo na rede pública de ensino do Entorno do Distrito Federal. Para piorar, ao menos 10 mil dos 70 mil estudantes matriculados nos municípios goianos vizinhos de Brasília tiveram o ano letivo interrompido há duas semanas, por causa da greve parcial dos servidores da Educação de Goiás. Não há previsão de retomada da aulas nem de reforma dos colégios.

Ao longo da última semana, a reportagem do Correio esteve em 22 escolas públicas de cinco municípios do Entorno. Encontrou oito fechadas por causa da mobilização dos trabalhadores. Nas demais, flagrou inúmeras situações de descaso com a educação, abandono do bem público e desperdício de verbas. Dos absurdos, um é comum a 21 dos colégios visitados pela reportagem. Todos têm laboratório de informática, mas nenhum oferece aula de computação. Eles mantêm os aparelhos desligados há pelo menos um ano porque não há monitor ou internet ; ou ambos. Dessa forma, boa parte dos alunos está excluída do mundo digital, pois não tem tablet, smartphone nem computador em casa.

Um dos mais pobres e violentos municípios da região, a 40km de Brasília, o Novo Gama reúne muito do que de pior há no ensino público do Entorno. Pivô de um escândalo nacional sobre os problemas na merenda escolar, trazido à tona em maio, o Caic mantém a precária estrutura oito meses após os flagrantes de falta higiene na cozinha da escola. Os gatos já não passeiam pela comida dos estudantes, mas os pombos ainda tomam conta da quadra de esporte, a ponto de suas fezes e a ameaça que elas representam provocarem a interdição do único espaço para as aulas de educação física. Um dos dois banheiros masculinos permanece fechado há mais de seis meses por falta de condições de uso.

A matéria completa você lê na edição impressa desta quarta-feira do Correio Braziliense (22/2).

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