postado em 22/02/2012 11:44
Inconformado com o fim do relacionamento, um homem manteve a ex-companheira refém por cerca de quatro horas na terça-feira (21/2) em Sobradinho II. Além das agressões e ameaças de morte, o suspeito também estuprou a garota.
De acordo com o delegado da 35; Delegacia de Polícia, Rogério Rezende, o casal está separado há alguns meses. Com a esperança de reatar com a ex, o homem ligou para a garota sob o pretexto de levar a filha deles, de 3 anos, a uma consulta médica. A mulher, sabendo do comportamento do antigo companheiro, pediu autorização do chefe para acompanhar os dois até o hospital. Ele a liberou, mas pediu que tomasse cuidado e avisasse caso acontecesse alguma coisa.
O homem, 37 anos, buscou a mulher, 21, e a filha na casa delas. Durante o percurso, o rapaz deixou a filha na residência dele na Fercal e levou moça para o Pólo de Cinema de Sobradinho. No local, ele insistiu para que ela reatasse o relacionamento. Diante da negativa, o suspeito passou a agredir a ex-companheira com murros no rosto e chutes no corpo, além de ameaçá-la de morte. Ainda nervoso, o agressor estuprou a jovem.
Depois, o suspeito levou a mulher para a casa dele e a manteve refém, dizendo que só a soltaria se eles retomassem o relacionamento. Mais uma vez ela se recusou e as ameaças voltaram. A mulher ficou em cárcere privado das 16h até às 20h, quando o homem saiu para ajeitar o caminhão que trabalha, pois estava atrapalhando o trânsito.
O homem teve o cuidado de levar o celular da ex, porém esqueceu o próprio aparelho em casa. Ao perceber que o telefone tinha ficado, a mulher mandou uma mensagem para o patrão, dizendo apenas "Polícia na Fercal" e passou o endereço. A polícia chegou na residência e prendeu o agressor em flagrante. O delegado conta que na hora a moça chorava e estava com o rosto já um pouco deformado. Na delegacia, foi constatado que o suspeito é dono de uma extensa ficha criminal. Ele responderá agora por lesão corporal, injúria, ameaça, cárcere privado e estupro. Todos estes crimes são circunstanciados pela lei Maria da Penha e juntos podem acumular de 10 a 15 anos de prisão.