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Desemprego no DF aumenta 0,5% p.p. e atinge 11,5% da população

postado em 29/02/2012 17:28
Foi divulgada nesta quarta-feira (29) a Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal (PED/DF) do mês de janeiro de 2012. Os resultados apontaram aumento de 0,5% na taxa de desemprego em comparação a dezembro do ano passado. Em janeiro, a população desempregada representou 11,5%, o correspondente a 163 mil desempregados. Em dezembro, esse número era de 11%, o que equivale a 155 mil desempregados.

Por outro lado, houve melhora nos indicadores de janeiro de 2012 em relação ao mesmo período do ano passado. O número de desempregados caiu de 174 mil, em janeiro de 2011, para 163 mil em janeiro deste ano.

O estudo é elaborado pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Secretaria de Trabalho do DF (Setrab) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O aumento de 0,5% na taxa de desemprego foi atribuído, principalmente, ao aumento expressivo da População Economicamente Ativa (PEA), que teve acréscimo de 7 mil pessoas apenas este mês. No entanto, o número de postos de trabalho ofertados se manteve estável, causando elevação na taxa.

;Durante muito tempo, a PEA ficou estagnada, mas em janeiro deste ano teve um crescimento vigoroso. Esse índice tende a acompanhar o crescimento populacional, e o DF está crescendo. A expectativa é de que a população economicamente ativa passe a seguir um padrão, acompanhando a empregabilidade;, explicou o diretor de Gestão de Informações da Codeplan, Júlio Miragaya.

A coordenadora da pesquisa do Dieese, Adalgiza Lara, lembrou, ainda, a influência do cenário peculiar de Brasília na taxa de desemprego. ;Rendas familiares permitem que os jovens se dediquem exclusivamente ao estudo e retardem o ingresso no mercado de trabalho, e os mais velhos estão aposentando;, explicou.

Emprego no DF ; Em janeiro, o contingente de empregados foi estimado em mais de 1,2 milhão. O grande responsável por esse resultado foi a administração pública, que apenas no mês analisado gerou 4 mil novos postos de trabalho. Já os setores da Indústria (4 mil postos), de Serviços (mil postos), de Comércio (2 mil postos) e da Construção Civil (mil postos) mantiveram relativa estabilidade. Nas demais áreas empregatícias, incluídas no campo Outros da pesquisa, foram criados 6 mil novos postos. A quantidade de assalariados no DF aumentou 1,2% em relação a dezembro.

Para Júlio Miragaya, a tendência é que o crescimento na oferta de empregos no Distrito Federal seja em ritmo moderado. ;Acredito que neste ano teremos aumento na geração de empregos como ocorreu em 2011, quando tivemos em dezembro mil postos a mais do que neste primeiro mês de 2012. Vamos reverter esses postos perdidos;, destacou o diretor.

O tempo médio de procura por trabalho, se comparado com o mesmo período do ano passado, caiu de 41 semanas em janeiro de 2011 para 37 semanas em janeiro deste ano.

Incentivo ; Os números apresentados no estudo evidenciaram a importância de estímulos à qualificação profissional e à criação de empregos, especialmente para o público jovem: a faixa etária de 16 a 24 anos representa 46% dos desempregados. Para mudar esse quadro, o Governo do Distrito Federal vem promovendo ações e programas de incentivo ao estudo e ao empreendedorismo. Os esforços são articulados entre diferentes órgãos do GDF e o governo federal.

No âmbito educacional, o Qualificopa ; programa de formação profissional para a Copa do Mundo de 2014, que terá sete jogos em Brasília ; capacitou 2 mil pessoas somente no ano passado, encaminhando 50% desse total ao mercado de trabalho. A meta é que pelo menos 10 mil pessoas passem pelos cursos até 2014.

Outra iniciativa de qualificação profissional é o programa ProJovem Trabalhador, que prepara o jovem para o mercado de trabalho e para ocupações alternativas geradoras de renda. O programa, que terá edital em breve, beneficiará desempregados com idades entre 18 e 29 anos, integrantes de famílias com renda per capita de até meio salário mínimo.

Para estimular o empreendedorismo, será lançado em breve o programa Prospera, de concessão de microcrédito a pequenos e médios empreendedores. O diferencial do projeto, que conta com orçamento de R$ 18 milhões, é o público-alvo: profissionais de baixa renda. Além de conceder o crédito, o governo irá investir em cursos de educação financeira, a fim de evitar endividamentos.

;Estamos fazendo o mapeamento da população desempregada no DF, pois é preciso conhecer o perfil dessas pessoas e pensar em iniciativas. Neste governo, queremos enfrentar o gargalo da baixa escolaridade e preparar os jovens para o trabalho, além de incentivar o empreendedorismo individual, reduzindo o fosso da distribuição de renda, atuando em áreas mais vulneráveis;, afirmou o subsecretário de Microcrédito e Empreendedorismo, Max Coelho, da Secretaria de Trabalho.

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