Cidades

Aos 45 anos e com sete filhos, ex-viciada tenta recobrar instinto maternal

Aos 45 anos, ex-viciada em crack mostra que é possível se livrar de uma das drogas mais devastadoras dos últimos anos. Viveu na rua, tentou se matar e hoje ajuda dependentes químicos a se livrar do flagelo

postado em 08/03/2012 07:11
É num barracão em obras no Gama que Maria* tenta refazer a sua vida. Tijolo a tijolo, reconstrói tudo o que o crack lhe tomou: a vontade, a dignidade e a família. Aos 45 anos, com sete filhos, foi há pouco tempo que ela passou a se reconhecer como mãe. Só depois de romper um longo relacionamento com a pedra o seu instinto maternal desabrochou.

Antes disso, Maria exercia o papel de mãe em raros momentos. Não foi quando usou drogas durante a gestação de todos os filhos, os quatro mais novos na fase em que estava escravizada pelo crack. Nem também ao fumar a pedra na sala de pré-parto de uma das crianças. Nessa época, só lhe ocorreu o instinto materno quando se negou a amamentar os bebês. Não quis passar pelo leite o que já lhes havia transmitido no sangue.

Ainda assim, a herança dessa mulher de pedra está nos frutos de seu ventre. O que a medicina avisa em teoria sobre os riscos do uso do crack durante a gravidez, Maria agora enxerga com o seu olho bom (a visão do esquerdo ficou comprometida pela droga). Os quatro meninos ; uma escadinha entre 5 e 13 anos ; são ansiosos, agitados e têm dificuldade de concentração. Iniciarão este mês um acompanhamento psicológico.

A reportagem completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta quinta-feira (8/3).

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