postado em 08/03/2012 06:45
Nove meses é o tempo de gerar uma vida ou o período para recuperar as que foram perdidas para o crack. Uma gestação fora da barriga, com risco de aborto ou de parto prematuro, mas que se vingar significará ressurreição. Como no percurso de dependência da pedra, o resgate de mulheres viciadas é mais delicado, mais demorado e, às vezes, mais problemático. O tratamento existe e tem o poder da redenção, de transformar experiências devastadores em histórias de superação. Na quinta reportagem sobre as Mulheres de Pedra, o Correio vai mostrar como algumas delas conseguiram suportar o peso do vício e se recuperaram pelas mãos de profissionais engajados em salvar almas femininas da dependência em crack.No Distrito Federal, existem apenas três comunidades terapêuticas que acolhem mulheres viciadas. Para homens, são mais de 20. Lidar com elas é custoso, exige muita paciência e dedicação (veja no quadro o passo a passo do tratamento). Várias unidades de tratamento que até recentemente atendiam homens e mulheres fecharam as portas para as viciadas. ;Com colchão, travesseiro, cobertor, desodorante e um prestobarba eu recupero um homem. As mulheres têm necessidades específicas. Muitas são mães, outras estão grávidas. E tem a TPM (tensão pré-menstrual), quando estão mais suscetíveis a variações de humor. Aí, só Jesus na causa;, diz Maria Lúcia Pereira. Ela comanda a Mulheres de Deus, em Ceilândia, a maior comunidade terapêutica para viciadas.
A reportagem completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta quinta-feira (8/3).