Cidades

Primeira Unidade Móvel de Saúde da Mulher é inaugurada em Ceilândia

No Dia Internacional da Mulher, governador Agnelo Queiroz entrega primeira Unidade Móvel de Saúde da Mulher do DF, no Pôr do Sol, em Ceilândia

postado em 08/03/2012 22:12
As comemorações do Dia Internacional da Mulher começaram com mais saúde para as moradoras do Condomínio Pôr do Sol, em Ceilândia. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, acompanhado da primeira-dama, Ilza Queiroz, do secretário de Saúde em exercício, Elias Miziara, da secretária da Mulher, Olgamir Amancia, lançou nesta quinta-feira o projeto piloto da Unidade Móvel de Saúde da Mulher. O caminhão é especialmente equipado para realizar exames como mamografias, ecografias e coleta de material para a realização de exames de citologia oncótica (Papanicolau), que previne o câncer no colo do útero. A unidade tem capacidade para realizar 40 mamografias e 50 ecografias diariamente.

;A prioridade desta unidade móvel é chegar às mulheres que mais precisam naquelas comunidades com dificuldades de deslocamento e de informação. Dessa forma, nós estamos aproximando os serviços de saúde de quem mais precisa. Essa é a grande virtude de uma unidade como esta, muito ágil, prática e eficiente;, destacou Agnelo Queiroz.

A proposta traz um novo conceito de atendimento em saúde, que é agendar pacientes por meio da busca ativa. A partir das informações do cadastro único da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), agentes comunitários do programa Saúde da Família identificarão o público alvo dos exames preventivos. Algumas dessas mulheres da comunidade Pôr do Sol foram atendidas no primeiro dia, mas o atendimento efetivo começará na segunda-feira. Com agendamento prévio feito pelas equipes das ações sociais do GDF durante a busca ativa, as consultas serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.

A Unidade Móvel de Saúde da Mulher irá às localidades mais carentes de atendimento médico, como zonas rurais e áreas periféricas do Distrito Federal. ;Nosso objetivo são as áreas de menor apoio, onde as pessoas possuem dificuldades de se locomover até uma unidade de saúde ou ao hospital, como é o caso do Pôr do Sol;, disse o secretário de Saúde em exercício.

Para Elias Miziara, a ação também contribui para informar a população. ;O câncer de colo do útero, por exemplo, é uma doença que atinge principalmente mulheres mais pobres, sem informação e que têm muitos filhos, por isso é importante levar assistência e informação a elas. Diferente do câncer de mama, que é uma doença que atinge qualquer uma e até, eventualmente, homens;, comparou o secretário.

A secretária da Mulher, Olgamir Amancia, comemorou mais uma ação para beneficiar as mulheres do DF. ;O governo está organizando suas políticas públicas para levá-las a quem mais precisa;, afirma a secretária, que completa: "Esta unidade móvel representa um avanço no atendimento às mulheres do Distrito Federal, pois garante que elas tenham acesso à saúde;, destacou a secretária.

Também participaram do lançamento da unidade móvel as secretárias da Igualdade Racial, Josefina dos Santos; de Comunicação Social, Samanta Sallum; o administrador de Ceilândia, Aridelson de Almeida; a prefeita comunitária, Francisca Nascimento; e a deputada distrital Luzia de Paula, entre outras autoridades.

Projeto piloto ; Este é o primeiro caminhão equipado do Distrito Federal para a realização desses exames. O veículo percorrerá as cidades durante seis meses, ao custo mensal de R$ 150 mil. Nesse período, serão avaliados o alcance do projeto e o desempenho do equipamento. A intenção é adquirir em definitivo até seis unidades móveis, que deverão cobrir todo o DF.

Nesta manhã, uma das mulheres atendidas pela unidade móvel instalada no Pôr do Sol foi Francisca Maria Araújo, de 39 anos. Ela já tem acesso aos programas sociais do GDF e foi contata por meio do Cadastro Único da Sedest. É mãe de oito filhos, está à espera do nono. Aos sete meses, esta foi a primeira ultrassonografia da gestação. Para alegria da experiente mamãe, o bebê está bem desenvolvido, mas somente será possível ver o sexo após o nascimento da criança, que terá quatro irmãos e quatro irmãs.

;Fui tratada muito bem pelos médicos e devo voltar na segunda-feira para tentar ver novamente o sexo do bebê. Espero que seja uma menina, já que ganhei mais coisas para ela;, disse a mãe.

Prevenção ; O Instituto Nacional do Câncer (Inca) recomenda que toda mulher entre 50 e 60 anos realize, a cada dois anos, mamografia para redução da mortalidade por câncer de mama. No entanto, o novo equipamento disponível no DF atenderá mulheres a partir dos 40 anos. Segundo o estudo Incidência de Câncer no Brasil 2012, realizado pelo Inca, o Distrito Federal deverá registrar 880 novos casos de câncer de mama e 330 novos casos de câncer de colo de útero neste ano. Especialistas explicam que quanto mais cedo o tumor é diagnosticado, maiores as chances de o tratamento ser bem-sucedido.

;O controle e a prevenção do câncer de mama e do colo de útero fazem parte do compromisso que o GDF tem com as mulheres, tratando como prioridade o fortalecimento da saúde integral por meio da prevenção, do diagnóstico e do tratamento da doença, pois o câncer de mama é o mais incidente na população feminina mundial e brasileira;, ressaltou a secretária Olgamir Amancia.

Mulheres ; O lançamento da unidade móvel faz parte da programação Março Mundo Mulher, elaborada pelo Governo do Distrito Federal em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Serão realizadas diversas ações gratuitas nas áreas de saúde, educação, segurança pública e cultura, sob a coordenação da Secretaria de Estado da Mulher. A primeira-dama Ilza Queiroz, que é médica ginecologista, participou diretamente da organização das atividades do Março Mundo Mulher.

Na segunda-feira passada (6), o governador Agnelo Queiroz abriu a semana dedicada à mulher no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Desde o início da semana, a unidade realiza mutirão para reconstrução mamária. Cerca de 60 cirurgias serão realizadas, durante toda a semana, em pacientes que passaram pelo procedimento de mastectomia (retirada da mama) em decorrência do câncer há pelo menos seis meses.

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