Roberta Machado
postado em 10/03/2012 08:16
Mais de 30 mil alunos iniciam as aulas na Universidade de Brasília (UnB) na segunda-feira, apesar dos sérios problemas estruturais em pelo menos dois de seus câmpus. Enquanto o Instituto de Psicologia decidiu adiar o começo do semestre por uma semana devido à falta de estrutura em 45 espaços, os alunos da inacabada unidade de Ceilândia terão de assistir às aulas em duas escolas locais. Para compensar a precariedade da instituição que completa 50 anos em 2012, a equipe da UnB corre contra o tempo e realiza uma série de reparos emergenciais até a madrugada do primeiro dia de aula. No entanto, a operação Volta às Aulas se concentra somente em serviços de pequeno porte, como pintura e troca de lâmpadas.
Representantes do Instituto de Psicologia se reuniu ontem para definir que medidas tomarão para protestar contra as condições das salas. %u201CVamos encaminhar um memorando ao reitor dizendo quais pontos são importantes, além de começar ações para mostrar a precariedade%u201D, adiantou a diretora do departamento, Gardênia Abbad. Alunos e professores da psicologia apontam como o maior problema o Instituto Central de Ciências (ICC) Sul e reclamam de locais sem ventilação ou segurança para atividades depois das 18h.
Segundo Gardênia, não é possível resolver o problema com reformas paliativas. Por isso, o Instituto de Psicologia estuda a possibilidade de adiar as aulas ainda mais. %u201CO conselho será convocado para tomar essa decisão%u201D, ponderou. A reitoria da UnB ressalta que o adiamento não afeta o calendário acadêmico. Ressalta que há uma reforma estrutural programada para as salas do curso, iniciada no Centro de Atendimento e Estudos Psicológicos (Caep).%u201CAs condições não estão negligenciadas. Pedi à direção que tenha bom senso e leve em conta que o objetivo deve ser cooperar para buscar soluções, e não hostilizar%u201D, defendeu o reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Junior. Ele acrescentou que os prédios passarão por reparos.