postado em 14/03/2012 11:39
O Tribunal do Júri de Brasília começou nesta quarta-feira (14/3) o julgamento do Rodolpho Félix Grande Ladeira. Ele é acusado de provocar a morte do advogado Francisco Augusto Nora Teixeira, na madrugada do dia 24 de janeiro de 2004, após um acidente de trânsito.O julgamento estava marcado para começar às 9h, mas sofreu atraso. Até agora cinco pessoas foram ouvidas, duas testemunhas em comum e uma testemunha de acusação. Todas elas disseram ter visto um carro prata passando em alta velocidade. Dois peritos também depuseram. Um deles foi contratado pela defesa de Rodolpho. O outro perito, responsável pelo laudo após o exame feito no dia do acidente, foi convocado pela acusação.
As testemunhas contaram ainda que pararam o carro no local do acidente para prestar atendimento à vitima. Uma delas informou que foi até o carro de Rodolpho, uma Mercedez Benz e pediu os documentos do condutor. A intenção era impedir que ele fugisse do local. Nesse momento, Rodolpho teria perguntado sobre o estado de saúde da vítima.
Relembre o caso
Rodolpho conduzia uma Mercedez Benz na Ponte JK, quando colidiu a uma velocidade de 165 km/h contra a traseira de um Santana conduzido por Francisco, que morreu na hora.
O Ministério Público entendeu que, ao dirigir em uma velocidade muito superior à máxima permitida na via - que era de 70 km/h - o acusado teria assumido o risco de produzir o resultado morte.
Estratégia da defesa
No dia 14 de fevereiro deste ano, os advogados de Rodolpho pediram a suspensão do julgamento do acusado pelo Tribunal do Júri, até a decisão final do habeas pelo STF. O documento enviado ao Supremo sustenta que seja cassada a decisão do órgão para afastar a tese de dolo eventual no crime de homicídio e que seja desclassificada a infração para homicídio culposo na direção do veículo.
Em 23 de fevereiro, o ministro do Supremo Ricardo Lewandowski indeferiu o pedido de liminar no Habeas Corpus de Rodolpho.