Cidades

Ex-porteiro muda relato e diz que confessou crime da 113 Sul após tortura

postado em 16/03/2012 23:01

O julgamento no Tribunal do Júri de Brasília sobre o assassinato do casal Villela e a empregada da família continua. Até por volta das 23h, quem prestava esclarecimentos era o ex-porteiro do edifício em que o trio foi encontrado morto em 2009, Leonardo Campos Alves. Ele, mais uma vez, mudou sua versão e contou que só confessou ser o autor da barbárie mediante à tortura praticada por policiais da 8; Delegacia de Polícia (SIA), chefiada pela delegada Deborah Menezes, responsáveis por sua prisão. ;Eu estava tão cansado de apanhar que, em determinado momento, comecei a confirmar tudo o que eles queriam;.

A filha do casal assassinado também depôs. Adriana Villela é acusada de ser a mandante do crime dos pais, o ex-ministro José Guilherme Villela e Maria Carvalho Mendes Villela, além da governanta da casa, Francisca Nascimento da Silva. Os três foram executados no apartamento onde moravam com 73 facadas ao todo em agosto de 2009. No primeiro depoimento prestado no Tribunal do Júri de Brasília, a ré sustentou que nunca teve desentendimentos sérios com a mãe. Durante mais de oito horas de depoimento, Adriana demonstrou instabilidade emocional ao falar sobre o crime da 113 Sul que chocou a capital federal. ;Aos 14 anos, as brigas com a minha mãe começaram, mas era porque pensávamos diferente. Mesmo assim, eles (seus pais) sempre me deram apoio em tudo. Nunca fomos inimigas;, declarou a ré.

Adriana teve que falar sobre a carta que Maria Villela teria escrito em 2006 relatando as brigas entre as duas por causa de dinheiro. Questionada sobre o fato de que uma mulher teria sido vista por uma testemunha dentro do apartamento do casal morto, a ré se irritou e acusou o promotor Maurpicio Miranda de fazer perguntas capciosas. Para esta sexta-feira ainda estão previstos as oitivas dos outros dois suspeitos, Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo, e Francisco Mairlon, suposto comparsa da dupla no triplo assassinato.

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