postado em 17/03/2012 14:53
Após os dois casos lamentáveis de trote sujo envolvendo estudantes, a Universidade de Brasília (UnB) informou que pode abrir uma sindicância para avaliar o caso, já que as festas no câmpus só podem ocorrer em locais previamente definidos e com autorização da instituição. Nessa sexta-feira (16/3), estudantes de mecatrônica foram obrigados a participar de brincadeiras constrangedoras e a ingerir vodca e tequila. Na noite de quinta, dois alunos entraram em coma alcoólico durante uma festa em um bar da Asa Norte.O Decanato de Assuntos Comunitários da UnB só ficou ciente do trote a que foram submetidos os calouros de mecânica depois que a reportagem do Correio entrou em contato, na noite de ontem. A responsável pelo setor, professora Carolina Cássia Batista dos Santos, afirmou que a instituição vai apurar o ato. ;Vamos verificar com o pessoal do curso. Qualquer consumo de bebida alcóolica na UnB tem que ser autorizado pela direção da universidade. Se tiver algum excesso, tem que ser apurado. Tendo alguma formalização de denúncia, somos obrigados a instaurar uma sindicância;, adiantou Carolina Cássia.
Na tarde de ontem, 34 novos estudantes de mecatrônica ficaram sujos de tinta dos pés à cabeça, foram obrigados a participar de brincadeiras constrangedoras e alguns chegaram a beber vodca e tequila. Os veteranos também exibiram um aparelho de choque para intimidar os novatos, mas não o usaram. O episódio ocorreu em pleno câmpus Darcy Ribeiro, na Asa Norte, em uma área verde ao lado da Faculdade de Tecnologia.
Um dia antes, na noite de quinta-feira, dois alunos novatos ficaram em coma alcoólico após ingerir bebidas durante uma espécie de confraternização em um bar na 408 Norte. Os jovens, ambos de 18 anos, são alunos de agronomia e ciências contábeis. Eles foram internados no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) após consumo exagerado de cachaça. Um deles passou 12 horas desacordado e teve alta somente às 10h40 de ontem, após receber doses de glicose e soro. O outro permaneceu na emergência por cerca de três horas. De acordo com os calouros, eles acabaram bebendo para não serem alvos de zombaria.
Com informações de Thalita Lins.
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