A Universidade de Brasília (UnB) está atrasada em relação às outras instituições de ensino superior do país quando o assunto é trote. Enquanto o Conselho Universitário (Consuni) ainda vai discutir, na próxima sexta-feira (23/3), o fim da prática, as principais faculdades públicas do país têm regimento que rechaça a brincadeira de mau gosto e prevê punições como advertência e expulsão. Ontem (20/3), a primeira reunião entre integrantes da UnB e do Ministério Público Federal (MPF) terminou com o acordo de intensificar as investigações e punir possíveis culpados de humilhar calouros, obrigá-los a ingerir bebidas alcoólicas e até utilizar uma arma de choque.
As cláusulas determinadas em diferentes instituições estão em vigor há, em média, 10 anos. Elas são parecidas com a escrita pelo relator do projeto na UnB, o diretor da Faculdade de Comunicação, David Renault, que proíbe o trote humilhante. A principal diferença é que as normas estabelecidas possibilitam punição e até medidas incisivas de precaução. A experiência das outras universidades resultaram em ações com efeito significativo ao longo dos anos.