O último a depor na audiência de instrução de Junior Brunelli nesta quarta-feira (21/3) foi o ex-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) Leonardo Prudente. Ele também é acusado de receber mesada em troca de apoio político ao ex-governador José Roberto Arruda ao longo de três anos e quatro meses. Prudente disse não ter conhecimento de um esquema de pagamento de propina a deputados distritais e afirmou desconhecer o teor do vídeo em que Brunelli aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator da Caixa de Pandora.
A versão do ex-presidente da Câmara foi semelhante à versão de Junior Brunelli. Ambos disseram que se encontraram com Durval para pedir apoio à indicação de Eliana Pedrosa ao Tribunal de Contas do Distrito Federal. A defesa de Brunelli assegurou que arrolou Prudente para esclarecer o episódio da oração "da propina".
Embora Junior Brunelli tenha admitido que recebeu certa quantia do delator, Prudente afirmou que Durval não colaborou com a campanha do ex-distrital. Ao final do depoimento, o ex-presidente da CLDF, que ficou conhecido como o deputado das meias após guardar supostas propinas nos acessórios, salientou que não se lembra de ter pedido apoio financeiro para o ex-distrital.
Antes do depoimento de Prudente, o juiz Álvaro Ciarlini advertiu Prudente: "Prestar falso testemunho é crime".
Com informações da