Sara Lira
postado em 22/03/2012 19:42
Os pacientes portadores de diabetes mellitus tipo II podem ter a cura sem precisar da utilização de medicamentos. Os cirurgiões da cirurgia bariátrica da Regional de Saúde da Asa Norte (Hran) estão desenvolvendo um Projeto de Pesquisa Cirúrgico do tratamento dos diabéticos tipo II (diabetes adquirido). O projeto tem como objetivo comprovar a eficácia e segurança do tratamento. A técnica cirúrgica utilizada é semelhante à usada na cirurgia dos pacientes obesos.O coordenador da Cirurgia Bariátrica da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Rafael Galvão, explica o procedimento cirúrgico do paciente obeso com diabetes tipo II, lembrando que o tamanho do estomago é um pouco maior e a junção do estomago com o intestino é mais amplo fazendo com que o paciente não tenha tanta restrição alimentar. Conforme explica o coordenador, em contrapartida o desvio intestinal é maior fazendo com que os alimentos cheguem mais intacto ao final do intestino, liberando, desta forma, uma série de hormônios intestinais que vão ajudar a vencer o diabetes.
Para ele, a expectativa é que os pacientes deixem de usar totalmente medicações como a insulina e os hipoglicemiantes orais e tenham hábitos de vida semelhantes aos pacientes não diabéticos. O especialista relata que a expectativa do profissional que realiza o procedimento cirúrgico é evitar lesões irreversíveis causadas pelo diabetes como: cegueira, doenças cardiovasculares e renais, e amputação de membros.
Já o coordenador de Ensino e Pesquisa do Hran, Renato Lima, informa que o projeto, também, está sendo desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul. ;No DF somos pioneiro na utilização da técnica By Pass com reconstrução em Y de Roux. Os procedimentos são realizados por videolaparoscopia com apenas cinco ou seis incisões. O atendimento é realizado todas as quartas-feiras pela manhã no ambulatório de cirurgia bariátrica, com avaliação dos profissionais da endocrinologia e nutricionista;, informa o especialista Renato Lima.