Luiz Calcagno
postado em 27/03/2012 12:00
Em nova assembleia, na manhã desta terça-feira (27/3), os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal decidiram continuar a greve, que já dura 16 dias. Como protesto, eles ocuparam as seis faixas do Eixo Monumental, em frente ao Palácio do Buriti, sentido Rodoferroviária, onde ficaram cerca de 20 minutos. O trânsito ficou totalmente parado. Até aqueles que optaram em desviar pelo Parque da Cidade, tiveram problemas para chegar na área central de Brasília. Os servidores discutem a possibilidade de intensificar o movimento.A Secretaria de Administração Pública reafirma que no momento não é possível falar em negociação e sim em diálogo pensando em avanços futuros. E ainda, que o GDF está com as contas apertadas e que está impedido, pela lei de responsabilidade fiscal, de concender benefícios como aumento salarial a qualquer categoria.
A pasta informa que em outubro de 2011 o GDF propôs a criação de um grupo de trabalho e reestruturação da carreira, mas os professores não aceitaram.
A secretaria também afirma que tudo o que foi acordado com o governo, até em gestões anteriores, o GDF cumpriu. Além disso, garantiu que, no ano passado, esta foi a categoria que mais recebeu benefício. Os professores tiveram em 2011 um aumento salarial em torno de 13%, assim como o ticket alimentação que aumentou o valor em 55%, se igualando a nível federal.
A manifestação acabou por volta de 12h. Cerca de 70 estudantes da União Brasileira de Estudantes Secundaristas se uniram aos professores na tomada das faixas do Eixo Monumental. Aos poucos, o trânsito começa a fluir na via. Pelo menos 5 mil pessoas estavam presentes no encontro realizado hoje, na praça do Buriti, segundo estimativas da Polícia Militar do DF. A Polícia Militar divulgou inicialmente 12 mil participantes, mas agora a tarde responsáveis pela equipe da PM que estava no local corrigiram o dado.