A polícia apresentou nesta terça-feira (3/4) Eliane Barboza do Prado, 20 anos, presa nessa segunda-feira acusada de matar o namorado Geovane dos Santos Barbosa, 25 anos, com um tiro entre os olhos. O crime aconteceu por volta de 16h50 dessa segunda, no trecho 1 da Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante. O casal estava no quarto dos fundos da casa dos pais da vítima, onde moravam. Segundo a suspeita, Geovane estava manuseando suas três armas. Após tirar o cartucho do revólver, o homem teria dado a arma para Elaine segurar. Sem saber que havia uma bala engatilhada, a jovem disparou contra o namorado. Ele foi levado para o posto de saúde da região com vida, mas não resistiu.
No primeiro depoimento que prestou, a acusada disse a polícia que Geovane que disparou contra si. Após várias contradições, ela confessou o tiro acidental. O casal estava junto há três semanas e eram primos de segundo grau. De acordo com o delegado-chefe da 11; Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante), João Carlos Lóssio Filho, Elaine não demonstrou nenhuma emoção durante os depoimentos e a prisão.
Geovane trabalhava em uma loja de empresa de festas da família, mas como tinha três armas, todas sem registro, as alugava para pessoas conhecidas por R$ 50. Uma testemunha que não quis se identificar disse que Geovane contou a ele que havia recebido uma ameaça da namorada caso ela o flagrasse com outra mulher. O colega da vítima disse que Elaine afirmou que mataria o companheiro com um tiro na cabeça. "No dia do crime, ele recebeu uma mensagem de uma mulher", relatou.
À polícia, a suspeita disse que atendeu o telefonema de uma moça no celular da vítima na segunda-feira, mas a mulher não falou nada. Segundo Elaine, Geovane explicou que se tratava da namorada de um amigo e então a namorada não deu mais importância para o caso.
Ambos não tinham antecedentes criminais. A suspeita vai responder por homicídio doloso e pode pegar de seis a 20 anos de prisão. Se for confirmado que ela matou com intenção, a pena por ser aumentada por agravantes como motivo fútil.
Com informações do Aqui-DF