Única solução para resolver a sobrecarga do sistema viário do Distrito Federal, o transporte público ainda produz flagrantes da falta de planejamento, o que distancia a cidade de uma resposta para um dos problemas mais dramáticos enfrentados na capital do país. É nesse contexto que a dificuldade do metrô em operar em sua capacidade máxima agrava as limitações de mobilidade urbana. Dos 32 trens que a empresa pública comprou ao longo dos últimos 15 anos, 24, no máximo, podem rodar ao mesmo tempo. Isso ocorre porque não há energia suficiente para alimentar as composições, o que daria conforto e rapidez às viagens, especialmente nos horários de pico.
Do total de veículos comprados pelo GDF, três são, rotineiramente, reservados para a manutenção (seja em caráter preventivo ou para o caso de reposição). Ainda assim, das 32 composições existentes, restam 29. E o ideal é que todas pudessem entrar em atividade simultaneamente nos períodos de maior demanda. Cada trem tem quatro vagões com capacidade para transportar, em média, por dia, até 6.250 pessoas. A subutilização do sistema metroviário em sua máxima potência, além de desencorajar novos usuários (o que resolveria parte do inchaço de carros nas vias do DF), exige dos passageiros mais tempo de espera.