Com a missão de estancar uma das piores crises vividas na Polícia Militar, o novo comandante, Suamy Santana, assumiu o cargo com o discurso de que terá pulso para enfrentar a insubordinação de integrantes da corporação, além de anunciar que o governo estaria disposto a melhorar a condição salarial dos comandantes de batalhões. Em uma coletiva de imprensa na manhã de ontem, ele afirmou que aumentaria a gratificação para os chefes das unidades e dos policiais que lideram o trabalho de praças nas ruas. O governo estudou uma matemática administrativa para pagar, em média, R$ 600 a mais a esses 40 comandantes, estímulo para que policiais em condição de chefia cobrassem mais rigor de seus subordinados.
Na noite de ontem, porém, o GDF mudou de ideia e avisou que, pelo menos por enquanto, não haverá nenhum acréscimo nas gratificações. O governo avalia que houve uma interpretação equivocada da iniciativa para melhorar os vencimentos dos comandantes. Diante da dificuldade em explicar os termos da mudança proposta, preferiu adiar a medida para evitar a cobrança de outras categorias, como a de professores, que também estão em campo de batalha por aumento de salário.