postado em 22/04/2012 08:00
Amigos e familiares prestaram a última homenagem a Fernando Lemos, editor executivo do Correio durante a década de 1980. O corpo do jornalista de 64 anos foi enterrado ontem, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Ele morreu na madrugada da última sexta-feira, em decorrência de uma infecção generalizada e falência múltipla dos órgãos. Além de trabalhar nas redações de O Sol, Correio da Manhã, Diário de Notícias, Última Hora e Correio Braziliense, Lemos era poeta. Como administrador público e estrategista político, participou do processo do tombamento de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade e da criação do Polo de Cinema, em Sobradinho. Em 1986, o suplemento Anexo, criado por Lemos, garantiu ao Correio o primeiro Prêmio Esso de sua história.A quantidade de pessoas reunidas no sepultamento indicava o tamanho da sua popularidade. O evento foi acompanhado por personalidades políticas, como o vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli, e pessoas comuns, como o motorista Eli Moreira, 45. Do Barém, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso enviou uma carta (leia íntegra acima). Apesar da tristeza, ex-colegas de profissão relembraram momentos marcantes da carreira dele. O jornalista Luís Joca, 61, integrava a equipe do Correio Braziliense, em 1983, quando Lemos era editor executivo. Naquele ano, ele foi o responsável por produzir uma manchete histórica. ;O Pacotão (bloco carnavalesco de Brasília) estava no auge, reuniu mais de 30 mil pessoas na Asa Norte e o Lemos colocou nas ruas o jornal com a seguinte machete: ;Passeata do prazer,; recordou-se Luís Joca.