Luiz Calcagno
postado em 24/04/2012 12:06
Os professores decidiram nesta terça-feira (24/4), por ampla maioria, pela continuidade da greve, iniciada há 45 dias. A decisão foi tomada em assembleia geral, que reuniu cerca de sete mil pessoas em frente ao Palácio do Buriti, segundo a Polícia Militar. Por volta das 13h, os grevistas ocuparam três faixas do Eixo Monumental, no sentido Esplanada-Palácio do Buriti. A PM interditou todas as faixas, impedindo a passagem dos veículos, mas, por insistência dos professores, liberou três pistas do lado esquerdo. Em frente ao Buriti, policiais formaram uma barreira humana para evitar que os professores invadissem o prédio. Por volta das 13h45, o grupo se dispersou.
Na quarta-feira (18/4), em reunião com o Sindicato dos Professores (Sinpro/DF), o governo adicionou à proposta de negociação com a categoria um auxílio saúde no valor de R$ 110, que seria pago a partir de julho. No entanto, os docentes consideram o acordo insuficiente.
[SAIBAMAIS]
O desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), José Divino de Oliveira, impôs restrições à greve dos professores. Em decisão proferida na tarde de sexta-feira (20/4), ele considerou que o serviço prestado pelos educadores é essencial para a população. O jurista determinou que 80% da categoria retorne às salas de aula.
Caso a medida não seja cumprida, o Sinpro está sujeito a pagar multa de R$ 45 mil por dia. O advogado do sindicato entrou com um recurso alegando que a decisão impossibilita o movimento. Ele disse ainda que, diferente do que o Ministério Público do DF e Territórios argumentou na liminar, deferida por José Divino, o sindicato havia respondido ao ofício enviado pela Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc) sobre as intenções e validade da greve.