O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) vai decidir nos próximos dias se encaminha a uma vara criminal a denúncia feita por dançarina que acusa funcionários da Embaixada dos Estados Unidos de a terem agredido e atropelado, em dezembro do ano passado. O inquérito, depois de concluído pela Polícia Civil, passou pela 1; Vara de Delitos de Trânsito de Brasília e pela Promotoria de Delitos de Trânsito do Ministério Público do DF. Por acreditar que pode ter ocorrido lesão corporal dolosa, e não delito no trânsito, a promotoria devolveu o caso ao TJDFT. O juiz ficará responsável pela tipificação do crime. Até o fechamento desta edição, o Ministério de Relações Exteriores não havia anunciado nenhuma ação a respeito do caso, apesar de a defesa da mulher ter enviado uma carta ao órgão pedindo providências. O Itamaraty informou que ainda não recebeu documentos dos órgãos de investigação relatando a suposta agressão.
Ontem, o advogado de Romilda Aparecida Ferreira, 31 anos, encaminhou uma carta ao Ministério de Relações Exteriores pedindo providências sobre a denúncia feita pela dançarina. A mulher garante que em 29 de dezembro do ano passado ficou gravemente ferida após ser arremessada de um carro diplomático e atropelada pelo veículo. ;Queremos que eles sejam julgados no Brasil ou nos EUA. O motorista, que é brasileiro, foi indiciado por lesão corporal. E um dos americanos, que teria jogado ela para fora do veículo, por omissão de socorro;, contou o defensor da vítima, Antonio Rodrigo Machado. Segundo o advogado, a intenção é que o americano responda por tentativa de homicídio e o motorista como coautor. ;Ele também é responsável. Os demais, devem responder por omissão de socorro;, avaliou.