Cidades

Professores permanecem acampados no anexo do Palácio do Buriti

postado em 27/04/2012 07:35
Mesmo após determinação judicial, professores ainda permanecem no Palácio do Buriti até a manhã desta sexta-feira (27/4). Há cerca de 95 professores no 6; andar do anexo do Palácio do Buriti, sede da Secretaria de Estado de Gestão Administrativa. Eles passaram a madrugada no escuro, pois a luz foi cortada como medida para pressionar a desocupação. A intenção do grupo é pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria.

O diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro), Jairo Mendonça está reunido com os professores nesta manhã para definir os rumos da greve. ;Não vamos reagir, vamos resistir pacificamente. Não queremos que ninguém se machuque;. A orientação é não agredir nenhum policial.

De acordo com a liminar -- entregue por um servidor da 4; Vara da Fazenda Pública, às 20h de ontem--, os ocupantes tinham até duas horas para deixar as salas. Após o prazo, caso continuassem no local, a entidade sindical pagaria multa de R$ 10 mil a cada hora. Mesmo diante da determinação, os professores afirmaram que, somente com a presença do advogado do Sinpro-DF, o documento seria assinado. Ao longo do dia, o sindicato anunciou diversas vezes que os docentes não deixarão o prédio até que haja negociação entre o governo e a categoria.

Sem luz

Os manifestantes levaram colchonetes e estão recebendo comida por meio de baldes amarrados em uma corda pendurada na janela da sede do governo local. Durante a manhã uma pessoa não identificada estava no 5; andar tentando cortar essa corda, evitando o abastecimento. Uma das manifestantes, Joriame Fylve Machado, está revoltada com a situação. "É uma vergonha. A gente não estudou cinco anos para isso, é uma humilhação. A gente não quer nada mais do que o cumprimento do acordo. É mais digno estar em sala de aula do que dormir ao relento."

Negociação suspensa

Na tarde de ontem, o Governo do Distrito Federal (GDF) enviou uma nota à imprensa, afirmando que "diante da radicalização inaceitável do Sinpro, todas as propostas feitas à categoria desde o início das negociações estão suspensas até que o Sinpro anuncie o fim da greve".

Hoje, às 9h, uma assembleia geral dos professores irá definir o rumo da paralisação. Entre as reivindicações dos professores estão a restruturação do plano de carreira e a implantação do plano de saúde. ;Vamos endurecer o movimento até que uma negociação ocorra. O governo tem que apresentar as alternativas para garantir o cumprimento do acordo;, anunciou o diretor jurídico do Sinpro-DF, Washington Dourado. Segundo ele, um dos motivos que levaram a entidade a organizar a ocupação foi a suspensão de uma reunião entre o governo e a categoria marcada para a tarde da última quarta-feira. A secretaria declarou que o encontro acabou desmarcado por imcompatibilidade das agendas de ambas as partes.

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