postado em 29/04/2012 08:31
No domingo de 15 de abril, alguns produtores rurais de Ponte Alta Norte, no Gama, estava em uma sala da escola classe da região para uma reunião com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) e com a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa). Tudo foi bem até o fim do encontro. Mas, na saída, fora da sala, dois vizinhos se desentenderam e começaram uma briga que acabou envolvendo menores de idade e idosos. Todo mundo acabou na delegacia. A água foi o motivo da confusão e, agora, começa a desenhar um prognóstico até então descrito apenas pelos especialistas: o de que, no futuro, o ser humano lutará pelo recurso natural.No ano passado, o agricultor Paulo José de Santana, um dos produtores do Núcleo Rural Tabatinga, em Planaltina, acabou preso por estar armado durante uma discussão com o vizinho em função de uma intervenção do canal de abastecimento da água que vem do Ribeirão Pipiripau. O agrônomo e veterinário Euclides Miranda Mamede, 38, também depende da regularização no abastecimento para manter as atividades na sua propriedade de dois hectares, onde cria peixes e planta milho. Mas Euclides só consegue produzir os grãos, cujo quilo vende a R$ 6, nos meses chuvosos, já que no resto do ano a irrigação fica comprometida. A água acaba retida em pontos mais próximos à nascente.
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