postado em 09/05/2012 08:34
Policiais civis da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco) desarticularam, na manhã desta quarta-feira (9/5), três quadrilhas especializadas em clonagem de cartões de alimentação. Até agora a polícia prendeu 20 pessoas, apreendeu dois carros e uma moto. Outras sete pessoas estão foragidas e as investigações continuam. Representantes da empresa vítima da clonagem dos cartôes, que prefere não se identificar, estimam prejuízos da ordem de R$ 1 milhão em apenas seis meses.Os grupos, que não tinham relações entre si, eram investigados há pelo menos seis meses. Somente em um mercado de Brazlândia, teriam feito compras no valor de R$ 357 mil em menos de um mês. Os suspeitos vão responder por receptação, estelionato, porte ilegal de armas de fogo e formação de quadrilha.
Ao total, a operação conta com 300 policiais que trabalham desde as 5 h da manhã. Além de 27 mandados de prisão, 36 de busca e apreensão foram cumpridos em várias regiões do Distrito Federal. Os criminosos eram divididos em três grupos, cada um com uma função diferente. O dono de um estabelecimento em Brazlândia é apontado pela polícia como suspeito de participação nos crimes.
Organizados
No primeiro grupo, um dos cabeças da quadrilha recrutava pessoas para participar das ações. Por meio de escutas autorizadas, foi possível comprovar que os envolvidos já tinham experiência neste tipo de crime. Em janeiro, um dos integrantes deste bando foi preso ao efetuar compras com um dos cartões clonados em um supermercado no Setor de Industrias Gráficas. Junto com ele, a polícia apreendeu vários cartões clonados. Em dezembro do ano passado, a PC já havia detido uma mulher suspeita de participar do esquema.
A ação de uma das quadrilha também se estendia a uma família comandada pela mãe do líder de um dos grupos. Ela orientava os criminosos a fazer a clonagem e a produção dos cartões falsificados. Em fevereiro, a polícia flagrou um dos bandidos efetuando compras em um mercado em Taguatinga.
O último bando desarticulado contava com pelo menos três pessoas com vasto conhecimento do maquinário para a fabricação dos cartões. O líder do grupo foi surpreendido ao tentar fazer uma compra com um cartão em um hipermercado na Asa Norte, em janeiro. Desde então, foram usadas outras pessoas para efetuar as compras com os cartões.