Cidades

Ponto eletrônico será implantado neste semestre na rede pública de saúde

Com a medida, o Executivo espera coibir fraudes. Sindicato dos Médicos apoia a ação, mas é contrário à fiscalização governamental das atividades externas realizadas pelos profissionais

postado em 11/05/2012 07:25
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal concluiu o cadastro biométrico dos profissionais de saúde do Hospital de Base para implantação do sistema de ponto eletrônico, que deve começar a funcionar até o fim de junho. O objetivo da medida é controlar a frequência dos servidores e evitar possíveis fraudes no registro das horas extras. Levantamento do Governo do DF aponta que, no primeiro trimestre deste ano, foram gastos mais de R$ 27 milhões com o pagamento do benefício. Só no mês de março, um grupo de 136 funcionários da área da saúde recebeu R$ 1,8 milhão em horas adicionais. A verba corresponde a um aumento de 40% em relação ao mesmo período de 2011. Ontem, foi publicado no Diário Oficial do DF o nome da empresa vencedora da licitação para instalar o equipamento, a EMIBM Engenharia e Comércio, que apresentou o menor preço para o serviço, no valor de R$ 71.454,58. O funcionamento do sistema exige apenas a realização do cabeamento dos equipamentos.

Outra ação que está sendo discutida no âmbito da Secretaria de Transparência e Controle do DF (STC) é o mapeamento das atividades profissionais externas realizadas pelos médicos da rede pública. Segundo o secretário de Transparência, Carlos Higino, o trabalho será realizado por meio do cruzamento de dados que demonstrará a disponibilidade do médico, por exemplo, que cumpre a escala de horas extras. ;Nossa intenção é verificar se os servidores estão realmente cumprindo a jornada adicional, pois, muitas vezes, o servidor possui três empregos e não tem condições de fazer adicional. Sabemos de profissionais que assinavam a folha de ponto no hospital público e saíam para atender em clínicas particulares próximas;, revela.
Com a medida, o Executivo espera coibir fraudes. Sindicato dos Médicos apoia a ação, mas é contrário à fiscalização governamental das atividades externas realizadas pelos profissionais

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