postado em 12/05/2012 08:13
Um dia depois de divulgar uma nota garantindo que não solicitou cheque-caução para o atendimento de uma idosa de 77 anos, o Hospital Santa Helena, por meio do advogado Sérgio Moraes, assumiu ao Correio que as duas folhas de cheque, cada uma no valor de R$ 25 mil, foram pedidas como ;antecipação de despesa;. A Polícia Civil investiga o caso e quer saber se a ida do filho de Aureliana Duarte dos Santos, Carlos Roberto do Nascimento, 48, até Sobradinho para buscar os cheques e deixar a garantia exigida agravou o quadro de saúde da aposentada, que morreu quatro horas após ter dado entrada na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital, em 9 de abril. O pedido de caução como pré-requisito de atendimento emergencial é proibido e vai virar crime com a sanção de um projeto de lei aprovado no Senado esta semana.O advogado Sérgio Moraes confirmou ontem que a paciente deu entrada em estado grave no Santa Helena. A idosa apresentava arritmia cardíaca e pressão alta. Segundo Moraes, Aureliana recebeu atendimento clínico e permaneceu em uma sala para pacientes com problemas cardiorrespiratórios. O filho da aposentada garante que o hospital exigiu os cheques como garantia para que ela fosse encaminhada à UTI. ;Eu não tinha folhas de cheque e precisei ir até Sobradinho buscá-las. Só quando as entreguei, cerca de duas horas depois, é que minha mãe foi para a UTI;, reafirma o funcionário público Carlos Roberto do Nascimento.