postado em 23/05/2012 07:00
O anúncio fixado nos quadros de avisos da Universidade de Brasília (UnB) chama a atenção e desperta a curiosidade. Nele, está escrito: ;Despentear: monitoria para cabelos, na UnB;. As aulas ocorrem entre os anfiteatros 16 e 17, sempre às terças, quartas e quintas-feiras, às 12h30, e têm atraído muitos interessados. Ao chegar, o aluno encontra Penélope de Melo Santos, 25 anos, com seus cabelos escuros, longos, vastos, cacheados e bem cuidados. Ela é formada em relações internacionais pela federal, mas o tema que a levou de volta à academia não tem ligação com o curso. Ensina tudo sobre cabelos, especialmente os parecidos com os dela. Como tratá-los, penteá-los, lavá-los e muito mais.
A jovem quer eliminar a expressão ;cabelo ruim; do vocabulário das pessoas que a procuram. Ela, porém, nem sempre gostou do próprio visual. É a única na família com os cabelos crespos e assumidos. ;Cresci vendo as minhas primas alisarem os cabelos;, lembrou. Penélope sofreu durante a adolescência com piadas de colegas de escola, que a mandavam alisar para ficar bonita. ;Se começava uma discussão, ela sempre terminava aí, com ofensas relacionadas à minha aparência;, contou.