Cidades

Agricultores negociam pauta de reivindicações com secretário do ministério

postado em 23/05/2012 12:00

Os membros da coordenação da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf) se reuniram por volta das 11h30 com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa e seus assessores para negociar a pauta de reivindicações dos agricultores. Cerca de 300 pessoas invadiram o prédio da pasta nesta manhã de quarta-feira (23/5), segundo a organização do movimento. A Polícia Militar estima 150 pessoas participantes do ato.

[SAIBAMAIS]Entre as exigências dos agricultores estão a criação de um conselho gestor da política de reforma agrária; a proibição da comercialização de terras brasileiras a estrangeiros; aumento dos recursos orçamentários para a reforma agrária; um processo amplificado de regularização fundiária, entre outros.

Os manifestantes desocuparam a sede por volta das 10h44, depois que o ministério aceitou negociar. O local foi invadido por volta das 6h. A porta de vidro foi quebrada e servidores reclamaram de agressões com pedaços de madeira e pedras.

Ao longo da manhã foram destacados cerca de 50 policiais militares para reforçar a segurança. Por volta das 11h50, uma viatura da Polícia Federal chegou à sede do ministério, com policiais fardados e à paisana, para realizar perícia no local, por conta dos estragos causados ao prédio público.

Enquanto aguardam o fim da reunião, os agricultores permanecem acampados em frente ao ministério. A coordenadora nacional da Fetraf, Elisangela Araujo, informou que a ação ocorre em várias partes do país. ;Estamos fazendo uma mobilização em vários estados, nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Entregamos uma pauta de reivindicações desde o dia 19/4 e até hoje não tivemos uma negociação;, disse. ;O governo oferece ajuda para a indústria, mas não oferece aos trabalhadores do campo, que também são responsáveis pela produção e pela redução da miséria no país;, completou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação