postado em 23/05/2012 16:46
A reunião entre representantes do movimento dos trabalhadores rurais e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, terminou por volta das 13h30. Eles vão voltar a se reunir nesta quinta-feira (24/5) para discutir as reivindicações dos agricultores.
O encontro ocorreu após cerca de 150 manifestantes quebrarem os vidros das portas do Ministério da Fazenda e invadirem o prédio na manhã desta quarta-feira. Eles só deixaram o local após a promessa de serem recebidos pelo secretário-executivo. Entre outras demandas, os trabalhadores querem mais recursos para a reforma agrária, melhoria para os assentamentos e extensão do salário-maternidade de quatro para seis meses.
Elisângela Araújo, coordenadora da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf), explicou que o movimento decidiu radicalizar por não ter respostas para uma pauta de reivindicações entregue ao governo federal em 19 de abril. "Produzimos alimentos, geramos renda e emprego e também queremos ser tratados como setor econômico", afirmou. De acordo com ela, as mobilizações estão ocorrendo em vários estados. "Foi a primeira vez que fomos recebidos aqui e foi aberta uma negociação", comemorou.
Entre as exigências dos agricultores estão a criação de um conselho gestor da política de reforma agrária; a proibição da comercialização de terras brasileiras a estrangeiros; aumento dos recursos orçamentários para a reforma agrária; um processo amplificado de regularização fundiária, entre outros.
[SAIBAMAIS]Os manifestantes desocuparam a sede por volta das 10h44 desta quarta, depois que o ministério aceitou negociar. O local foi invadido por volta das 6h. A porta de vidro foi quebrada e servidores reclamaram de agressões com pedaços de madeira e pedras.
Ao longo da manhã foram destacados cerca de 50 policiais militares para reforçar a segurança. Por volta das 11h50, uma viatura da Polícia Federal chegou à sede do ministério, com policiais fardados e à paisana, para realizar perícia no local, por conta dos estragos causados ao prédio público.