Renato Alves
postado em 27/05/2012 08:00
Nada de aparelho plus, power, top, com até cinco lâminas. Nem de espuma pronta com ingredientes para hidratar a pele. Tem homem que não abre mão da navalha, da toalha quente, do velho e bom barbeiro. A profissão resiste às tentações da tecnologia, ao corre-corre da modernidade. No Distrito Federal, as barbearias estão nas mais simples localidades e nos mais nobres endereços. Vão de cubículos com uma só cadeira e profissional a amplos, estilizados e requintados estabelecimentos. Mesmo esses prezam em manter a tradição, com o ambiente e os costumes do serviço centenário.
Há cerca de mil barbeiros trabalhando nos quase 200 estabelecimentos restritamente masculinos no DF, de acordo com o sindicato dos profissionais do setor de beleza. Pouco, se comparado ao exército de mais de 20 mil homens e mulheres em atividade nos 5 mil salões unissex ou exclusivamente femininos. Mas os barbeiros, que ganham uma média de R$ 1,5 mil mensais, tendem a se multiplicar, segundo a presidente do sindicato, Elaine Furtado. ;Há uma tendência de atendimento exclusivo. A barbearia é um espaço masculino, e tem homem que não abre mão dele;, afirma.