postado em 27/05/2012 17:20
O ex-deputado distrital Júnior Brunelli (sem partido) foi levado de volta à 5; Delegacia de Polícia, após ter passado por procedimento padrão no Instituto Médico Legal (IML). Ele já prestou depoimento e ficará preso no local provisoriamente, segundo o chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco), Henry Peres.De acordo com Peres, a sala onde Brunelli está preso teria cerca de 2m;. No entanto, a informação foi corrigida posteriormente por agentes da delegacia, que estimaram o tamanho do local em 8m;. As grades do local são verdes e os bancos, de concreto. Não há pia, apenas um aparelho sanitário. Brunelli não conseguiu se livrar das grades, como havia solicitado. Mas está sozinho na cela da 5a DP, onde vai passar a noite.
Brunelli deixou o prédio da 5; DP com a cabeça tampada com um casaco bege, uma tentativa de evitar a imprensa. Um helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o local onde Brunelli está. Foragido desde sexta-feira (25/5), o ex-deputado distrital se entregou na tarde deste domingo (27/5) à polícia. Na presença de advogados, o ex-parlamentar se apresentou na 5; Delegacia de Polícia. Provavelmente foram aceitas as exigências de Brunelli, que pediu ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) que valessem as prerrogativas de advogado para que ele pudesse se livrar das algemas, dos holofotes e das grades.
A polícia estava procurando o ex-distrital desde sexta, quando foi deflagrada uma operação de busca e apreensão pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco). Brunelli ainda não tinha sido localizado, mas três pessoas envolvidas com ele, o assessor Adilson de Oliveira, 46 anos, o contador Carlos Antônio Carneiro, 41, e o empresário Spartacus Savite, 39 - que seriam comparsas no esquema e teriam ajudado o ex-parlamentar - foram presos ainda no dia 25 de maio.
Brunelli é suspeito de ter desviado, pelo menos, R$ 1,7 milhão em emendas parlamentares que deveriam ter sido aplicadas para melhorar a qualidade de vida de idosos. O dinheiro foi liberado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, em 2009, mesmo ano em que ele passou a ser reconhecido como o deputado da oração da propina, depois da divulgação do vídeo em que, abraçado ao delator da Caixa de Pandora, Durval Barbosa, puxa uma reza pedindo proteção divina contra inimigos políticos.