Cidades

Polícia Civil pode pedir prisão preventiva do ex-distrital Júnior Brunelli

postado em 28/05/2012 06:18
O ex-distrital Júnior Brunelli dormiu na prisão. Conseguiu a prerrogativa de ficar sozinho em uma cela, de entrar e sair pela garagem e, assim, não ser exposto publicamente. Mas não se livrou das grades. Desde ontem, quando se entregou, por volta das 13h, Brunelli ficou detido na 5; Delegacia de Polícia (DP), área central de Brasília. Só saiu de lá para fazer o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), voltando em seguida para a DP, onde cumpre mandado de prisão temporária de cinco dias. Conhecido como o deputado da oração da propina na Operação Caixa de Pandora (leia Memória), o ex-parlamentar é acusado, em uma outra linha de investigação, de crimes como formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato e uso de documento falso. Inquérito da Polícia Civil aponta Brunelli como o chefe um esquema de desvio de, pelo menos, R$ 1,7 milhão em emendas parlamentares destinadas a ações sociais para idosos.

Depois de quatro horas de depoimento na 5ª DP, o preso foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para o exame de corpo de delito

Até o início da tarde de ontem, Brunelli era considerado foragido. Na sexta-feira, agentes da Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (Deco) cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do ex-deputado, na Superquadra Brasília. Ele deveria ter sido preso na ocasião, mas escapou antes de a polícia chegar. Desde então, os advogados se mobilizaram para fazer valer as prerrogativas de Brunelli, que é formado em direito. Entre as regalias, ficar em uma sala de Estado-Maior, privativa, sem grades e com banheiro. Também queriam evitar holofotes e algemas.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação