O ex-deputado distrital Júnior Brunelli (sem partido) recebeu uma visita na tarde desta desta segunda-feira (28/5), depois de ser preso no domingo (27/5). Uma mulher de aproximadamente 60 anos foi vê-lo, mas o delegado da 5; Delegacia de Polícia (Setor Central), onde Brunelli está preso, não informou qual era a relação do político com a visita.
Conhecido como o deputado da oração da propina na Operação Caixa de Pandora, o ex-parlamentar é acusado de crimes como formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato e uso de documento falso. O inquérito da Polícia Civil aponta Brunelli como o chefe um esquema de desvio de pelo menos, R$ 1,7 milhão em emendas parlamentares destinadas a ações sociais para idosos. O ex-parlamentar estava foragido, mas se entregou no domingo.
Após a prisão, ele conseguiu a prerrogativa de ficar sozinho em uma cela, de entrar e sair pela garagem e, assim, não ser exposto publicamente. Mas, ele não se livrou das grades. Desde ontem Brunelli ficou detido na 5; Delegacia, na área central de Brasília e só saiu de lá para fazer o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), voltando em seguida para a DP, onde cumpre mandado de prisão temporária de cinco dias.
Por meio de seus advogados, Brunelli entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) pedindo que, ao se entregar à polícia, fique em uma sala de Estado-Maior, sem grades e com banheiro, que a polícia evite as algemas e que não haja exposição desnecessária dele.
[SAIBAMAIS]São condições que a Ordem dos Advogados do Brasil do DF (OAB-DF) defende que sejam respeitadas entre os inscritos. A Polícia Civil afirma que não há um local específico para Brunelli. Caberá à Justiça decidir onde ele cumprirá o mandado.