Cidades

Polícia Civil investiga o monitoramento ilegal de 300 servidores do GDF

Helena Mader
postado em 30/05/2012 07:36
O governador Agnelo Queiroz teve o sigilo telefônico quebrado pelo menos duas vezes, em dezembro do ano passado. O GDF anunciou ontem que o chefe do Executivo está entre as cerca de 300 pessoas cujos telefonemas foram monitorados ilegalmente. A Polícia Civil identificou o celular do governador na lista de números rastreados em fevereiro, logo depois que descobriu a quebra de sigilo de funcionários do alto escalão do governo local. Mas somente agora a informação foi divulgada. A Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap) investiga o caso há três meses e já identificou pelo menos um suspeito, cujo nome não foi revelado para não atrapalhar a apuração.

O escândalo do monitoramento ilegal de telefonemas de integrantes do primeiro escalão do governo, além de parlamentares, surgiu no fim de fevereiro. Um criminoso ligou para a operadora de celular que fornece linhas ao GDF e se passou por um servidor da Casa Militar, responsável pelo controle desses telefones. Assim, ele conseguiu trocar a senha de acesso e passou a receber informações completas sobre as ligações realizadas e recebidas por aparelhos funcionais de servidores públicos do governo local. A fraude aconteceu em dezembro, mas o GDF só descobriu o crime dois meses depois, quando um site de notícias de Brasília divulgou detalhes sobre os telefonemas realizados pelo chefe da Casa Militar do DF, tenente-coronel Rogério Leão.

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