Cidades

Falta de manutenção e investimentos contribuem para a deterioração do Plano

Helena Mader
postado em 01/06/2012 06:21

Ruas esburacadas, famílias sem teto, usuários de crack, calçadas quebradas e iluminação precária. A descrição que inicialmente remete à realidade de loteamentos irregulares de baixa renda da periferia serve para exemplificar os problemas enfrentados pelos moradores de uma das regiões mais nobres e valorizadas do Distrito Federal: o Plano Piloto. A comunidade das asas Sul e Norte paga impostos altos, mas reclama que os serviços prestados nas superquadras não condizem com o exigido para uma área tombada como patrimônio mundial da humanidade. As lideranças e as prefeituras das quadras se organizam para cobrar mais ação por parte do governo.

Diante da falta de investimentos para a manutenção dos equipamentos públicos, alguns moradores reúnem recursos para fazer por conta própria as intervenções necessárias. Na 216 Sul, a comunidade tentou uma parceria com a Administração Regional de Brasília, mas, sem sucesso, acabou juntando dinheiro para fazer os consertos. A auxiliar de enfermagem Sônia Alencar, 32 anos, levou o sobrinho para brincar no parquinho da 112 Sul, mas não desgrudou do menino. Carlos Luiz Barroso, 3 anos, queria correr pelo parquinho, mas a tia restringia o deslocamento. ;Está tudo abandonado, é um absurdo".

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