postado em 01/06/2012 06:00
Na Operação Hofini, que acusa o ex-distrital Júnior Brunelli (sem partido) de cometer crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e peculato, a Polícia Civil puxou um fio que pode desnovelar um guarda-chuva de desvios em várias frentes. Os investigadores da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco) sustentam que o ex-político desviou, no mínimo, R$ 1,7 milhão da Associação de Assistência Social Monte das Oliveiras (AMO), que movimentou em quatro anos R$ 3,6 milhões. Mas auditorias paralelas do Tribunal de Contas e da Secretaria de Transparência do Governo do DF levantam suspeição sobre outras duas entidades ligadas ao ex-parlamentar, o que pode elevar os supostos danos aos cofres públicos.Apontada como meio por onde uma suposta quadrilha chefiada por Brunelli desviava recursos de emendas parlamentares, a AMO é apenas uma das associações que guarda vínculo com o ex-deputado. Outras duas organizações ; a Associação Gideão de Assistência (AGA) e a Igreja Tabernáculo Evangélico de Jesus (Itej) ; também têm relação com a história política dele. Com nomes esmerados, mas resultados pobres relacionados ao interesse público, essas duas entidades foram agraciadas com dinheiro de impostos e estão enroladas do ponto de vista dos resultados sociais.