postado em 02/06/2012 18:13
O Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo retirou 57 edificações e 1.700 metros de cerca erguidos em área pública da Vila Dnocs, em Sobradinho, neste sábado (2/6). Duas fossas e uma cisterna foram entupidas.De acordo com a Secretaria de Estado da Ordem Pública e Social, 16 famílias aceitaram ajuda do governo para transferir seus pertences para a casa de parentes. Durante a operação, muitos deles disseram que pagavam até R$ 250 de aluguel para morar em edificações improvisadas de madeira e até R$ 100 para utilizar energia clandestina. A remoção ocorreu entre 8h e 13h deste sábado.
A operação foi iniciada na sexta-feira (1;/6). Só no primeiro dia foram retiradas 121 edificações. Com os 57 deste sábado, o número chegou a 178 edificações erradicadas.
Segundo o GDF, a principal diferença para o primeiro dia, quando todas as edificações retiradas eram feitas em madeira, é que a maioria (32) era feita em alvenaria. As outras 25 em eram construídas de forma precária, umas emendadas às outras. A água era puxada de cisternas para caixas d;água, todas barrentas.
Exploravam os terrenos, de acordo com as famílias retiradas, parentes de ex-moradores da área já contemplados com casas na Vila Dnocs. A invasão existia desde os anos 70. Em 2007, houve o cadastramento dos mais antigos e que poderiam receber suas moradias pelos critérios escolhidos pelo governo. Invadiram a área aqueles que pretendiam entrar na lista, mesmo depois de encerradas as inscrições.
A operação de retirada ocorreu depois de várias visitas na Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) ao local. A última ocorreu no dia 29 de março, quando foi oferecido o cadastramento para que as famílias em situação de vulnerabilidade social pudessem receber o benefício eventual de até R$ 408. Na ocasião, oito aceitaram e outras 85 se recusaram a se inscrever. Até a noite de sexta-feira, 25 moradores que mudaram de ideia procuraram a equipe e se cadastraram para receber o benefício.
O Plano Diretor Local (PDL) de Sobradinho determina que a área invadida não poderá ser utilizada para residências, mas para indústrias, comércio e oficinas. De acordo com o chefe de Comunicação da Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops), Major Carlos Chagas de Alencar, será montado esquema especial para fiscalizar a área pelos próximos dias. ;Nossos agentes vão reforçar a vigilância pelas próximas semanas para que essas pessoas não retornem ao local da invasão. Paralelo a isso, o governo as atenderá no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) de Sobradinho para que nenhuma delas fique desamparada;, afirma.