postado em 07/06/2012 08:00
No dia em que se apresentou à Polícia Civil, há 11 dias, o ex-deputado Júnior Brunelli (sem partido) prestou depoimento e titubeou em praticamente todos os questionamentos dos investigadores que o acusam de desvio de pelo menos R$ 1,7 milhão em verbas públicas. O Correio teve acesso ao documento em que ele diz não se recordar nem sequer da diretoria e do ano de fundação da Associação de Assistência Social Monte das Oliveiras (AMO). Mesmo assim, em 2009, o ex-distrital fez emendas que beneficiaram a instituição ligada à família dele. Segundo denúncia da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco), o rombo pode chegar a R$ 2,6 milhões. Por essas acusações, Brunelli ficou nove dias detido, mas deixou a Divisão de Operações Especiais (DOE) nas primeiras horas de ontem (06/06).Após ficar dois dias foragido, o ex-deputado se apresentou na 5; Delegacia de Polícia (área central de Brasília) acompanhado de advogados, na tarde de 27 de maio. Ele foi ouvido pelo chefe da Deco, Henry Peres. Na chance que teve de se justificar à polícia, ele pouco esclareceu as suspeitas que constam no inquérito de 11 volumes. A respeito da quantia de R$ 1,7 milhão liberada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Social e Transferência de Renda (Sedest) para a realização de projetos sociais da AMO, o ex-parlamentar disse acreditar ;que (os projetos) tenham sido realizados, pois a AMO é uma instituição séria.;