Cidades

Correio Braziliense lista os destaques e os pontos fracos da Torre Digital

Gláucia Chaves
postado em 09/06/2012 07:00
Demorada, fila de espera leva algumas pessoas a desistirem da visita

Monumental e gigantesca, a Torre Digital - apelidada carinhosamente de "flor do cerrado" - é visível de praticamente todos os pontos da cidade. Enquanto a tão aguardada transmissão do sistema de TV Digital no Distrito Federal e em determinadas cidades do Entorno não acontece, o jeito é usufruir do local para se divertir. Em menos de dois meses, a escultura de 180 metros de altura acabou se transformando em um dos pontos turísticos com maior movimentação de Brasília.

Embora a procura seja grande e o monumento seja novo, alguns problemas estruturais incomodam os usuários. A espera no sol quente em filas imensas e demoradas para conseguir chegar ao topo do prédio, a falta de locais para comer e ausência de um bicicletário estão entre as principais queixas de quem se prontifica a conhecer a nova menina dos olhos da capital federal.

Situada no Grande Colorado, em Sobradinho, a flor do cerrado está em um dos pontos mais altos do DF, a cerca de 1.215 metros acima do nível do mar. Criada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, a torre foi inaugurada em 21 de abril deste ano e recebe cerca de mil visitantes por dia. Os mais organizados levam vantagem. Para chegar ao mirante que permite uma vista panorâmica de 360; da cidade, é preciso enfrentar uma incômoda fila. Tão logo as visitas guiadas começam, às 9h, os funcionários entregam senhas que dão direito ao passeio. São formados grupos de 27 pessoas que, acompanhados por guias cadastrados do Ministério do Turismo, têm de 15 a 20 minutos para ver a paisagem e conhecer a maquete de Brasília.

O esquema de coordenação do tour estragou o passeio de Junior Gambero, 40 anos. O engenheiro resolveu aproveitar o feriado da última quinta-feira e a visita de parentes para mostrar um pouco da vida turística da capital, mas, após 40 minutos na fila para a visita guiada, desistiu. %u201CÉ um programa de índio. A pessoa vem para se divertir e acaba se irritando%u201D, desabafou.

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