A corridinha do fim de semana virou coisa séria para o brasiliense e se transformou em um importante nicho de negócios. As provas de rua na capital do país movimentam um mercado de pelo menos R$ 26 milhões por ano, com forte tendência ao crescimento. O poder aquisitivo dos moradores do Distrito Federal consolidou o conceito de ;corridas de luxo;, voltadas para praticantes que investem alto em inscrições, viagens, vestuário, acessórios, suplementos alimentares e acompanhamento de profissionais especializados.
O mercado local ganhou força nos últimos dois anos e, segundo empresários, já é mais aquecido que o do Rio de Janeiro, em um ranking liderado por São Paulo. As largas avenidas de Brasília recebem corredores praticamente todos os fins de semana. Os circuitos maiores chegam a ter 6 mil inscritos. A alta demanda fez o DF entrar de vez no cronograma dos eventos organizados por marcas esportivas, a maioria multinacionais.
A organização de corridas com a presença de mil inscritos não custa menos do que R$ 150 mil. O crescente interesse de empresas em criar provas personalizadas tem jogado essa média para cima. Patrocinadores abusam da sofisticação e ; a maior parte deles ; investem em média R$ 250 mil, valor que pode dobrar em eventos com banda de música posicionada na linha de chegada, farto café da manhã e tevês LED espalhadas pelo percurso. De acordo com estimativas do setor, com dois eventos por fim de semana, em média, esse mercado movimenta pelo menos R$ 26 milhões.