postado em 15/06/2012 19:49
O Distrito Federal contará com seis novos Núcleos Regionais de Limpeza Urbana que vão atender mais de 650 mil moradores. A criação dos novos núcleos foi solicitada pelo diretor-geral do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Gastão Ramos, e anunciada pelo secretário da Casa Civil do DF, Swedenberger Barbosa, em reunião realizada no fim da manhã desta sexta-feira (15/5), no Palácio do Buriti, para tratar da questão da limpeza, varrição e coleta de lixo nas cidades.Também foi criado comitê para fazer a coordenação central das ações do setor. ;Vamos garantir a estrutura e as condições para que os serviços e os produtos cheguem à população. A cidade precisa estar constantemente limpa e cuidada;, disse Berger. Na reunião, Gastão apresentou o novo modelo de gestão da empresa e as metas para os próximos meses. O encontro contou com a participação dos representantes dos 31 administradores regionais, da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), do SLU e do secretário de Planejamento e Orçamento, Luiz Paulo Teles Barreto.
Os seis novos núcleos regionais vão atender as seguintes regiões administrativas: Estrutural, Vicente Pires e SCIA (Núcleo Regional da Cidade Estutural); Candangolândia, Núcleo Bandeirante, e ParkWay (Núcleo Regional do Núcleo Bandeirante); Riacho Fundo (Núcleo Regional do Riacho Fundo); Águas Claras, Aárea de Desenvolvimento Econômico (ADE) de Águas Claras, Arniqueira, Areal e Parkway II (Núcleo Regional de Águas Claras); Sudoeste, Octogonal e Cruzeiro (Núcleo Regional do Cruzeiro); Guará I e II, SIA, SofSul e Lúcio Costa (Núcleo Regional do Guará). Atualmente, o SLU conta com apenas 13 núcleos regionais, divididos em duas gerências de limpeza urbana ; Norte e Sul ; para atender as 31 administrações regionais, o que vinha ocasionando a sobrecarga na prestação dos serviços do SLU.
Os núcleos regionais são responsáveis por elaborar e submeter à Gerência de Limpeza Urbana Sul as rotas de coleta, a execução e fiscalização dos trabalhos de coletiva seletiva, acompanhar as ações de fiscalização, bem como sugerir alterações nos horários, itinerários e setores de coleta, varrição, catação, capina e execução de serviços complementares. ;Com as novas unidades, vamos poder atender melhor a população da capital federal;, disse Gastão Ramos.
O novo modelo de gestão do SLU será dividido em ações de curto (até seis meses), médio (7 a 12 meses) e longo prazos (13 a 24 meses) para o acompanhamento do sistema de coleta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos e outros serviços que compõem a gestão da limpeza urbana do Distrito Federal. A meta é buscar novas tecnologias na gestão dos resíduos sólidos, atingir excelência na gestão de contratos de terceiros, adotar práticas inovadoras de sustentabilidade para minimizar os impactos ambientais, por exemplo.
Um dos objetivos é criar uma central de monitoramento do serviço de limpeza urbana e coleta, com acompanhamento em tempo real do trajeto dos caminhões. ;Eles terão GPS e vão se comunicar com a central, que terá representantes das empresas e do SLU. A população vai participar do processo como fiscal, podendo acionar a central por telefone. Nosso objetivo é resolver os problemas em tempo real", disse Gastão Ramos.
Coordenação central
As ações para limpeza, varrição e coleta de lixo nas cidades do Distrito Federal também ganham um reforço muito importante, de acordo com o secretário Swedenberger Barbosa. ;Vamos criar uma coordenação central para atender todas as administrações regionais. Será um comitê formado por dirigentes dos órgãos para o acompanhamento da prestação desses serviços;, disse Berger. O comitê será formado pelo presidente da Agefis, o diretor da SLU, a coordenadora de Monitoramento da Casa Civil, e o coordenador da Coordenadoria das Cidades. ;Esse grupo vai tratar e organizar o processo de implantação desses serviços;, explicou o secretário.
Segundo Berger, as ações de limpeza urbana que envolva outros órgãos, como a Novacap, serão tratadas por esse comitê. Por sua vez, os administradores também devem indicar uma pessoa de seus quadros funcionais que fará contato com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) para ser o responsável por esse tema na respectiva administração regional.
Da mesma forma, o SLU criou uma central para atender as administrações regionais, com uma pessoa específica para cada uma das 31 RAs. O objetivo é facilitar o contato com a empresa a fim de dar celeridade às demandas das administrações. Por sua vez, os administradores regionais deverão ter um atendimento específico para a limpeza urbana, além de servirem com fiscalizadores dos serviços prestados pelas empresas contratadas.
Cada administrador regional recebeu um CD com o programa de varrição e coleta das cidades. A instrução é que sejam feitas campanhas educacionais para que a população saiba o horário em que os serviços serão prestados a fim de que colaborem com a limpeza das cidades. Uma das medidas é fazer com que os lixos só sejam colocados nas ruas próximos aos horários de recolhimento.
Os administradores também apresentaram suas demandas e disseram das dificuldades de cada região. O comitê formado estudará cada caso a fim de encontrar as soluções mais adequadas. Segundo Berger, o governo não poupará esforços para garantir um serviço de qualidade à população.
Resíduos sólidos
Outra novidade será a criação de oito áreas para triagem e reciclagem de resíduos originados da construção civil. Resultado da articulação da Casa Civil do DF, a Terracap cedeu os terrenos à Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) ; que é a responsável pela instalação dos aterros. Ao todo, serão implantadas sete áreas de transbordo, triagem e reciclagem de resíduos da construção civil (ATTRs) e de um aterro de inertes (ATI) ; conforme previsto no Decreto 33.445/2011 e na Lei 4.740/2011.
As ATTRs funcionarão nas regiões administrativas de: Brasília, Estrutural, Gama, Paranoá, Planaltina, São Sebastião e Samambaia. Por sua vez, o aterro de inertes será implantado em São Sebastião. A criação dessas unidades visa a diminuir os impactos negativos causados pela produção de resíduos de construção civil em todo o Distrito Federal, que cresce a cada ano com o desenvolvimento do setor.
Atualmente, o Distrito Federal descarta diariamente 7.500 toneladas de entulho, em média, no ;Lixão da Estrutural;, sendo que 2.500 toneladas são provenientes dos quase 600 pontos de bota-fora irregulares existentes. A implantação de equipamentos específicos para a reciclagem tem o potencial de transformar, aproximadamente, 80% dos resíduos da construção em insumos para o próprio setor no DF, minimizando o volume de material a ser aterrado e, também, diminuindo a necessidade de incrementos na exploração de jazidas naturais.