Cidades

Lei Seca é hoje ignorada por boa parte dos motoristas da capital Federal

Adriana Bernardes, Helena Mader
postado em 17/06/2012 08:14
Criada para acabar com as tragédias que destroçam mais de 450 famílias brasilienses todos os anos, a lei seca completa amanhã quatro anos. Mas a data não é motivo de comemoração: a legislação afunda cada vez mais no descrédito e chega ao quarto aniversário como alvo de polêmicas e questionamentos. Se o instrumento legal ajudou a salvar vidas nos primeiros meses de aplicação, hoje não é mais suficiente para tirar motoristas embriagados das ruas da capital federal. Diante da fiscalização falha e de decisões judiciais que praticamente asseguram a impunidade para os que bebem e dirigem, a sociedade se mobiliza para cobrar mudanças e aprimorar o combate aos condutores bêbados.



Levantamento feito pelo Correio com dados de cinco capitais brasileiras revela que o DF tem, proporcionalmente, a maior quantidade de motoristas flagrados embriagados. Em 2011, cerca de 70 foram pegos infringindo a lei a cada grupo de 10 mil habilitados. No Rio de Janeiro, apenas 35 pessoas dirigiram depois de beber para cada universo de 10 mil condutores. Belo Horizonte, metrópole com frota semelhante à de Brasília, registrou 36 infrações a cada 10 mil habilitações.

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