Cidades

Suspeito de matar professsor em 2008 pode ser solto antes de julgamento

Várias homenagens estão previstas para amanhã, data do crime

Luiz Calcagno
postado em 19/06/2012 07:06
Homenagens como a Rua Professor Carlos Ramos Mota fazem com que a viúva, Rita de Cássia, ganhe força para lutar por justiça
A servidora pública Rita de Cássia, 47 anos, vive com medo. Ela teme encontrar na rua onde mora, no Lago Oeste, o suspeito de ser o mandante do assassinato do marido, o educador Carlos Mota. Segundo a polícia, há quatro anos, em 20 de junho de 2008, Gilson de Oliveira e três alunos do professor mataram a vítima com um tiro no peito. A investigação do caso indicou que os projetos educacionais de Carlos prejudicavam o tráfico de drogas na região.

Todos os acusados estão presos, mas apenas Gilson, apontado como o responsável pela ação, não foi julgado. A agonia da espera pelo julgamento faz Rita de Cássia e os dois filhos reviverem a tragédia diariamente. Caso ele seja solto ; sem condenação ou sem um motivo determinante para decretar a prisão dele, como, por exemplo, ameaças à família ;, a esse sentimento de dor e receio se somará a sensação de impunidade. Para que Gilson seja levado a júri popular, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) precisa julgar um recurso especial da defesa dele.
Várias homenagens estão previstas para amanhã, data do crime

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