Cidades

Homem acusado de atacar outro com canivete em shopping vai a júri popular

postado em 19/06/2012 09:44
O acusado de ferir um homem com um canivete em dezembro do ano passado no shopping Pátio Brasil será levado a júri popular por tentativa de homicídio. A decisão foi tomada pelo juiz do Tribunal do Júri de Brasília, na quinta-feira (14/6).

No dia 28 de dezembro, no horário do almoço, Antônio Souza e Giordano Silva estavam no elevador e o início da briga foi captado pelo circuito interno de câmeras do shopping. Antônio estava falando ao celular quando o outro homem começou a agredi-lo no braço e no abdômen. O telefone caiu no chão. Depois disso, Giordano ainda teria falado com o outro de forma agressiva, antes de sair do elevador.

[SAIBAMAIS]
Antônio saiu com o canivete aberto na mão. A partir daí não existem mais filmagens que registrem o que aconteceu, mas a vítima afirma que Antônio o puxou pelo braço perguntando "Quem você pensa que é?", enquanto desferia um golpe no seu peito. O laudo de exame de corpo de delito comprova que Giordano foi ferido no tórax por uma arma branca.

Versão do acusado

Antônio diz que quando saiu do elevador queria conversar com seu agressor, mas ele ameaçou dar outro soco, e nesse momento ele teria agido em legítima defesa, aplicando o golpe com o canivete no seu peito.



Versão da vítima

Giordano diz que estava incomodado, pois o outro homem falava muito alto no telefone dentro do elevador, e por isso perdeu o controle e o agrediu. Nesse momento, ele teria percebido que a reação foi exagerada e parou de bater em Antônio. Ele achou que o agredido iria buscar um segurança do shopping, mas foi atacado de surpresa com um canivete.

O Ministério Público (MP) tenta derrubar o argumento de que o golpe foi legítima defesa. Antônio já tinha parado de agredir o acusado e a reação foi desproporcional à agressão que ele teria sofrido no elevador. O MP também tentou intensificar a acusação alegando que o crime tinha motivação fútil, mas o juiz do Tribunal do Júri considera que o comportamento injustificado de Giordano contribuiu para o ataque.

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