postado em 22/06/2012 17:57
Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (22/6), no Parque da Cidade, os 24 servidores decidiram trabalhar com 70% do já reduzido quadro. Eles cobram a contratação de pelo menos 50 aprovados no último concurso, realizado em 2011. Segundo o presidente da Associação dos Técnicos em Necropsia do DF (Asten), José Romildo Soares, a categoria vai seguir à risca o que determina o regulamento. Isso deve atrasar a remoção de corpos no Distrito Federal. Atualmente, cada plantão conta com três funcionários.
[SAIBAMAIS] Toda vez que uma equipe é acionada para recolher um cadáver, são necessários dois técnicos. No entanto, na maioria das vezes, apenas um deslocado e esse agente tem de pedir ajuda a familiares da vítima ou curiosos para conseguir colocar o corpo no rabecão. "Nós nem deveríamos sair apenas com um técnico, mas, em respeito às famílias, fazíamos esse sacrifício. Na verdade, nós quebrávamos um galho para o sistema não parar. Mas agora, só deixaremos o IML com os dois técnicos e, certamente, isso causará transtornos. No entanto, estamos de mãos atadas com a falta de compromisso da Secretaria de Administração, que se recusa a contratar os aprovados no último certame", reclamou o presidente da Arten.
De acordo com Romildo, somente após a intervenção do diretor da Polícia Civil, Jorge Xavier, e do secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, o secretário de Administração, Wilmar Lacerda, cogitou nomear 30 técnicos, número insuficiente na opinião de Romildo. "O concurso tem 113 aprovados e, para o setor funcionar minimamente, seriam necessários pelo menos 50. Se a ideia dele for contratar apenas 30, pouca coisa vai mudar", alertou Romildo, aproveitando para criticar a postura de Lacerda. "Pela primeira vez, uma gestão mostrou preocupação conosco. O Sandro Avelar e o Jorge Xavier estão fazendo um esforço enorme para que essas contratações saiam do papel, mas o Wilmar Lacerda resiste".